terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
O armazém
Era o armazém mais bem equipado da cidade. Ficava na rua principal, que começava na estação de trem e subia, grande, uns dois quilômetros, até a Igreja Matriz de Santo Antonio.
Em linha reta, subindo, de qualquer lugar que alguém estivesse poderia ver lá no alto a Igreja bonita, com o prédio do seminário se exibindo ao lado.
Essa era a rua Antonio Agú, em Osasco, nos meus anos de menina. E lá se vão tantos anos!
Voltando ao armazém, lembrei-me dele ontem ao ver uma foto na internet. Essa que postei acima.
A mesma impressão de desordem, as mercadorias espalhadas pelo chão, o longo balcão onde eram empacotadas as compras.
Atrás do balcão uma prateleira grande, até o teto, onde ficavam as latarias, as velas, fósforos, latas de biscoitos, macarrão e assim por diante...
Pelo chão as sacarias de batata, cebola, arroz, feijão, açúcar, trigo, farinha de milho, e nem me lembro o que mais.
O óleo ficava em um tambor, com uma espécie de bomba manual, que com um simples movimento do braço enchia um litro, ou uma lata grande.
Caixas de bacalhau, peixe do tipo manjuba muito salgado, goiabada, carne seca, ficavam espalhadas pelo armazém, deixando no ambiente um perfume inesquecível, delicioso.
Juntavam-se aos aromas os salames e linguiças secas caindo do teto, de inúmeras cores.
Bem ao lado da porta um rolo enorme de fumo de corda, que era vendido aos pedaços para que os fumantes fizessem seus cigarros fedorentos.
O dono era o sr. Luiz, um japonês falante que tinha sempre um sorriso no rosto redondo, deixou em mim uma lembrança adorável de pessoa calma e feliz. Sua mulher, Ana, perguntava de minha mãe, desejava melhoras, preocupava-se em me ver atravessar a rua com a sacola cheia e pesada.
E eu menina, ia encurvada com o peso da sacola de lona, levando para casa a mercadoria que minha mãe havia escrito na listinha. Nunca deixei a mercearia sem um doce para ir comendo no caminho. Eram pés-de-moleque, doce de abóbora, de batata-doce ou doce-de-leite.
Ana nunca me deixou ir sem antes colocar um doce em minha mão.
E eu ia com a grande sacola pesada, mas a alma alegre porque na inocência de minha meninice ainda não tinha percebido o grande drama que estava sendo preparado.
Saudade da Ana e do Luiz, do armazém e também do perfume que tinha lá dentro. Era o cheiro da fartura, do queijo meia-cura, do pó de café moído na hora.
Que delicia de saudade. Voltei a encontra-los varias vezes depois que fiquei adulta, eles já velhos, aposentados.
Sei que já não estão entre nós, mas a recordação do Luiz anotando as compras na cadernetinha em seu balcão, ajeitando tudo bem arrumadinho na sacola, preocupado se não estaria muito pesado para mim...
isso nunca esquecerei. Para uma criança um sorriso é um presente inesquecível.
Opa, me deu vontade de comer um pé-de-moleque. Quem me acompanha?
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ÓINNNNNNNN, QUE LINDAS LEMBRANÇAS E QUE BELO TEXTO!! VC CONSEGUE VER POESIA EM TUDO NO DIA A DIA! EU ADORO LER SEUS ESCRITOS, IVANI!!! BORA ESCREVER UM LIVRO!!!!!!!!
ResponderExcluirBEIJOSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
Ivani, lembrei de minha infância...perto da casa do meu avô paterno ,tinha um armazém...que saudade!!Assino embaixo as palavras da Dri!!Escreve um livro!!Bjs!1
ResponderExcluirIvani, nota "mil" para esta sua postagem. Aqui ainda temos o Armazém do Philadelpho (Filadelfo). Existe o prédiozinho com a placa escrita o nome do estabelecimento, mas o Sr. Pliladelpho já montou sua filial no céu. Só conservam o prédio porque foi tombado como patrimônio histórico. O armazém era exatamente conforme a foto que você postou. Fui lendo sua postagem e vivendo tudo aquilo. Até os "cheiros" (salame, manjubinha...) fui sentindo.
ResponderExcluirPensando na tranquilidade e educação que existia naquela época a gente até se sente mais tranquilo, né?
Adorei a sua postagem e também o comentário que você fez lá no Óbvio. Passa lá prá ver minha resposta.
Você é um amor de pessoa.
Beijo no coração.
Manoel.
Ivani
ResponderExcluirQue delícia de lembrança, também sou do tempo dos armazéns, só que o da minha infância era de portugueses, mas exatamente como você descreveu. Consegui me lembrar até da mistura de aromas, inesquecíveis!
Parabéns amiga, adoro a maneira como escreve!
Um grande abraço
Ivani, me fizeste entrar nos antigos armazéns de minha memória e adorei a viagem.
ResponderExcluirRealmente , até o cheiro era legal
Ia com uma tia minha e comprávamos até comida para galinhas(AVESANO) e aquele cheior me chega...
Era embrulados em sacas de papael pardo, tudo diferente...
Ela fazia isso uma vez por semana, as compras grandes e eu a ajudava..
Lindas tuas lembranças que acordaram as minhas...
E agora, quanto à Gemella?rssr Nem te conto!!! Que POOOOOOOOOOOOOOOOOOOORRETA ,rsrs Coitada! Até por telefone é chata! beijos,chica(Claro que esse não é seu nome,srrs)
Esqueci... E o bom humor, não posso perder. Precisamos dele aqui em casa. Sabe até que horas ficamos no hospital ontem? Até meia noite... A saúde no Brasil é tuuuuuudo... Até o aparelho que o Kiko precisava estragou.Pode? Pode e acontece... Sabem não somos o Lula... beijos,chica( e sabes o que fiz lá enquanto aguardava, pra me distrair?
ResponderExcluirHistórias infantis pro meu blog infantil. Foi a melhor coisa a fazer, pois olhar desgraças não é meu forte!)
Olá, querida, Ivani, bom dia!
ResponderExcluirLindo relato! É interessante como as coisas vão mudando com o tempo, né? Armazéns e mercearias como o descrito eram comuns no Brasil de outrora, e ainda existem nos rincões mais internos. Mesmo aqui em Brasília, que sempre teve um quê de cidade futurista, tivemos as nossas mercarias assim, na época da construção da cidade, rsrs. Uma coisa é certa: jamais esquecemos do tratamento cuidadoso e afetuoso que recebemos.
Beijoca
Beijoca
Ivani este seu post não está lá nos idos da sua infância não. Ele é mais do que atual e necessário para um planeta que pede socorro. Fiquei pensando na história das sacolinhas plásticas, tira não tira. Nada mais ecológico, correto do que os armazéns de antigamente. Bem podiam voltar, não acha? Com seus cheiros, aromas...
ResponderExcluirQuanto ao pé de moleque vou ter que dispensar. Ando com trauma de amendoim!
Beijo
Ivani... depois de suspirar de saudades com seu texto, e ficar com uma baita vontade de comer pé de moleque...rs só posso dizer: escreve um livro, vai!!! Já imaginou todas essas lembranças em um livro...
ResponderExcluirViajei contigo no tempo, lembrei de quando eu era pequena e tinha uma "vendinha" do outro lado da rua, e todo dia depois do almoço, minha mãe deixava eu ir até lá comprar um docinho... tempo bom, meu Deus, quanta felicidade nesse tempo!
Agora, sabia que aqui em Pira o Mercado Municipal é o próprio retrato de uma grande armazém? Tem tudo isso que você contou, tem essa mistura de aromas, esse cheirinho de domingo de manhã... Adoro ir lá aos domingos bem cedinho pra comprar cereais e frutas.
Ivani, te ler e um presente, sabia?!
Beijo bem grandão!
Fica com Deus.
Su.
Oi Queridinha
ResponderExcluirQue linda postagem, lembro perfeitamente desse armazém que você referiu bem como daquele perto da Vila Alcides Vidigal, onde nós morávamos, lembra? Que cheiro delicioso, só de ler a sua postagem fico sentido aquele aroma, o gosto dos doces, principalmente da paçoquinha. Só uma coisa que me intrigava...os rolos de papel higiênico não ficavam exposto, quando você pedia um, o atendente ia pega-lo embaixo do balcão, porque será, até hoje não encontrei uma resposta...vou continuar em busca de uma...rsrsrs..BEIJOS
Seu tonto! naquela época os rolos não ficavam expostos porque eram vendidos a granel, então ficavam guardados no balcão por medida de higiene.
Excluiro cliente pedia e levava os rolos para casa soltos na sacola, ou embrulhados em jornal rsrs.
Aliás, o jornal também era usado para o mesmo fim, às vezes ... eca!
beijos!
Pé-de-moleque é uma coisa bem brasileira, mesmo! Só a palavra já me dá graça. :)
ResponderExcluirSabe, esses armazéns, além de tudo de bom que tinham e que se perdeu com as "grandes superfícies comerciais", tinham tb a grande vantagem de que nada, ou quase nada, vinha em embalagens. Hoje tudo vem em pacotes, latas, caixas, plástico e mais plástico. Perderam-se os cheiros bons, as cores, as sensações. Hoje é tudo tão "higiénico" que perdeu a graça, além de estarmos constantemente a mandar embalagens de todos os tipos para o lixo, mesmo que façamos reciclagem, é sempre um problema.
Também me lembro quando se comprava feijão, grão, imensas coisas, a peso, e depois eram colocadas em saquinhos de papel ou até mesmo de pano, se a pessoa os levasse de casa. Também me lembro, na aldeia do meu pai, de o leite ser vendido nas vacarias. Levávamos um recipiente de alumínio para trazer o leite. Hoje se consumirmos 1l de leite por dia, ao fim de um ano são 365 embalagens de plástico!
Por aqui ainda se encontram algumas mercearias parecidas com essa, mas muito poucas, embora ultimamente se veja mais, por exemplo, o feijão e outras leguminosas nesses sacos grandes como na imagem.
Temos que voltar ao passado, se queremos ter futuro. :)
bjs
Ivani querida,
ResponderExcluirSabe,amiga,pude até sentir os cheiros
,de tão bem que você descreveu...e,concordo com a Su,vc deveria pensar seriamente em escrever um livro,recheado destas tuas lembranças...vc escreve de um jeito solto e gostoso,e é como se estívessemos em sua cozinha,vc fazendo um café e contando prá gente estas histórias de sua vida...
Fui lendo e me lembrando também de meu pai, que contava prá gente que seu primeiro trabalho foi na venda de um amigo de seu pai,que era um fazendeiro muito próspero,mas não queria que os filhos fossem preguiçosos...estudava de manhã e à tarde ia para a venda ,onde não ganhava nada,mas tinha que limpar todo o estoque e varrer o "assoalho"...educação à moda antiga,que deu muito certo,pois quando o pai perdeu tudo,todos os filhos gostavam de trabalhar.
Mas olha o que vc faz,parece que estou em sua cozinha,contando "causos".
Bjssss e muito carinho,
Leninha
Ah,vou tentar trocar a foto.
Lindíssimo seu texto e suas lembranças. Você viu que naquela época não existia sacolinhas plásticas e as compras eram feitas da mesma forma? Tô achando que "naquela época" as coisas estavam mais corretas e ecológicas do que hoje em dia...
ResponderExcluirBjs
É inacreditável Ivani querida, mas estou com uma postagem sendo preparada desde o ano passado com o mesmo tema. O único armazém que havia a poucas quadras da nossa casa. Ainda não postei porque estou esperando uma amiga encontrar fotos originais.
ResponderExcluirEntão, desnecessário dizer que adorei o que li aqui não achas?
Somos diferentes num ponto, és exímia escritora já eu coloco os gatos para escreverem porque desisti de cuidar concordância, acentos, pontuação, etc.
Beijos, lindo texto e mais lindas as lembranças guardadas no peito.
Beth
Saudade de vc, querida amiga!!
ResponderExcluirPé de moleque? É comigo mesmo!!! Adoro!!
Como vc está?
Me desculpe a ausência, li todas as suas mensagens e estou mesmo enrolada por aqui...preciso lhe escrever.
Sabe, estive em SP duas vezes este ano e volto logo. Posso ver vc em uma proxima ida?
Beijos mil!!!!
Bela
Ah...esses armazéns de antigamente tinham tanta magia...
ResponderExcluirParece cena tirada de um livro.
Tudo era delicioso, o aroma era peculiar...e o atendimento tão pessoal...
Mas dai inventaram a Vigilância Sanitária ... e vender bolachas a granel??? Um pecado! (Não sou uma antivigilânciasanitária....mas que enchem o saco, ah enchem....
Bom, voltando ao post...Achei delicioso!Eu quero uma mordidinha do pé de moleque, certo?
Beijos
Eu falo que suas histórias sempre se misturam a minha, sempre há semelhanças.
ResponderExcluirTambém tive um armazem deste na minha vida, igualzinho. Sabados e domingos quando estava fechado e precisamos de algo urgente ficavamos horas batendo na janela até que eles atendessem...era uma família de solteiros. Velhos tempos..só que eu não levava as compras tinha um entregador, eu só levava o pedido.
Olha eu vi as unhas e já conhecia, começamos assim colocando aquelas bolinhas de adesivos de escritórios onde queremos o dourado sabe? Pintamos o azul e depois de seca tiramos a bolinha de papel adesiva e pintamos o dourado. Mais ou menos quando se usou francesinha invertida quando eu era criança me lembro das unhas vermelhas das artistas sem a meia lua branca ...lembra?
Bom carnaval para vc quelida.
Vou tentar ir recarregar minha energia solar na praia espero que o sol esteja lá.
Boa sexta
Beijos coloridos!
É sempre gratificante ler as tuas historias não sei o que é essa coisa para fazer cigarros, nem o que é pé de moleque...
ResponderExcluirSim querida segunda e terça cá estou eu a trabalhar não dão mesmo o dia de terça, o que é uma parvoiçe pois trabalhamos directamente com as câmaras e essas estão fechadas, os nossos técnicos vem para aqui para o escritório " jogar ás cartas" pois aqui nada tem de fazer.
Mas preferimos vir a meter um dia de férias como os chefes indicaram...
Não quero saber paguem o dia..estou fula.
Tenho uma historia sobre uma "mercearia ou venda" como aqui lhe vhamavamos, parecida com a sua um destes dias faço um poste sobre o assunto.
E agora vou porque já te escrevi muito...lol
Beijos de uma Portuga zangada..lol
Adoro tuas narrativas!
ResponderExcluirTêm aquele gosto bom de aventura, de lembrança, de saudade...
Disse agora pouco no blog da Leninha que algumas lembranças são comuns a nós todas... Lendo você, também lembrei se um armazém da minha infância... E de momentos bem parecidos, de sacolas pesadas, mas doces nas mãos e sorrisos nos lábios!
Delícia, Ivani!
E podexá, que quando a "cabeleira" estiver no tamanho certo, faço uma foto e te chamo pra ver! rsrs
Brigaduuu por teu comentário lá! Adorei!
Um beijo no coração e ótimo feriado!
Que texto lindo, Ivani! Você remexe no nosso passado e traz à nossa lembrança coisas que a gente achava adormecidas para sempre, ou esquecidas. Você é mágica!
ResponderExcluirTambém tive um armazém na minha infância, aliás, dois, um em cada esquina da minha casa em Araçatuba, interior de São Paulo. E além das mercadorias eles também prestavam serviços de comunicação. Numa época em que o telefone residencial era raríssimo em nossa cidade, o armazém do Seu Cardoso era o único que possuía um e de lá recebíamos as notícias mais urgentes da família. Boas ou ruins.
Obrigada pelo texto. Também estou na fila das que pedem para você colocar todas as suas crônicas num livro. Estarei no primeiro lugar da fila de autógrafos.
Beijos,
Eneida
Ivani, lindo texto. Também cresci com meus pais fazendo compras em armazéns. Adorava ir junto, ver os cacarecos se equilibrando nas prateleiras. Tudo era novidade. Um dia minha mãe comprou um pacotão de salgadinho, tipo courinho frito, e isso deu uma baita dor de barriga na coitada. Outro dia quando voltamos ao armazém, estava lotado de gente e logo de cara avistei o tal salgadinho pendurado e berrei bem alto "Manhêee, olha aquela porcaria que te deu dor de barriga". Hehehe... Minha mãe só não me matou porque a platéia era grande e até chegar em casa a raiva passou. A gente apronta cada uma, né?!
ResponderExcluirBeijos e ótimo feriado para você.
Bom dia Ivani! Aqui são 9:30 de uma manhã lindamente ensolarada.
ResponderExcluirSó você mesmo minha amiga pra me levar de volta a um tempo "que era bom e eu não sabia". Havia também um armazém assim em Lavras, e o que eu mais gostava dele era o cheiro. Um cheiro gostoso, inigualável. Você lembrou até da cadernitinha :)
Nos tempos de hoje é quase impossível imaginar um comércio vendendo dessa maneira. Tempos bons Ivani, uma outra era com certeza.
Você acertou em cheio, sempre que me preparo para voltar ao Brasil sinto um friozinho no estômago, uma mistura de sentimentos me invade.
Um grande abraço e uma ótima semana pra você.
ai Ivani
ResponderExcluirvocê me pegou pela mão e me levou muito longe,na casa do da minha tias,eu chamava ela de tia mas era a irmã da minha avo.e
como vovó morava longe,a minha tia pra mim e meus irmão era a avo, a casa dela era pegado na vendinha,ela também vendia leite e queijo que ela mesma fazia.
tia todo dia de manhã quando eu ia pegar o leite pra meus irmão pequenos me dava um "agrado" um dia era uma cocada,outro uma batata doce,e as vezes era um prato de escaldado, não sei se você sabe o que é, é uma especie de papa,feita com leite e farinha.
uma delicia.
obrigado por soleticar minhas recordações,
e quanto ao carnaval,quem me dera,adoraria esta agora no brasil,mas meu marido viaja muito por trabalho,ai é impossível ir juntos, e pra ir ai no Brasil sozinha,
pra mim não tem graça.
baci carinhosos
Minha amiga, comigo também acontece, as memórias chegarem carregadas de odores. Este é o meu sentido mais apurado, através do qual atravesso o tempo e o espaço.
ResponderExcluirLindo e ternurento o seu texto.
Beijo, querida.
Nina
oi moça querida! Vim deixar um beijinho de boa tarde. Que seus dias de carnaval estejam sendo ótimos, com uma boa cervejinha!rs...
ResponderExcluirEu fiquei aqui em casa no suco mesmo, rs, mas fiz umas artes coloridas por aqui!
Amanhã volto ao trabalho, então nada como deixar os dias bem coloridos e alegres para rever as crianças.
Beijinhos.
Su.