Desde muito pequena, quando comecei a frequentar a igreja e ouvir os sermões, me ensinaram que é importante o jejum. Jejuar na quaresma.
Sei que muita coisa mudou - particularmente eu - desde aqueles tempos, e que o jejum já não tem o mesmo peso na quaresma.
Conheço pessoas que ainda praticam esse costume. Algumas aproveitam para perder peso, deixam de tomar cerveja e outras bebidas alcoólicas nos quarenta dias que precedem a Páscoa. Outros abstem-se de comer carnes e derivados para provocarem uma desintoxicação.
Tudo é válido dentro do contexto dessas pessoas, e nem vou discutir isso.
Apenas lembrei-me hoje de uns versos que li, há alguns anos, falando sobre jejuns. Não recordo na totalidade, portanto, vou postar a minha opinião sobre os jejuns, inspirada naquelas lembranças.
Sugiro que voce jejue de palavras que magoam, que ferem, afinal isso não é amar.
E que voce jejue de ofensas ou injurias, porque não é assim que conseguirá vencer.
Jejue também de pessimismo porque a esperança é que traz a alegria de viver.
Porque não jejuar de preocupações? elas só te trazem azia e noites mal dormidas.
Que tal jejuar de lamurias e reclamações? isso deixa voce com uma péssima aparência.
Vamos também jejuar de tristezas, elas não conduzem a lugar algum, apenas dão olheiras.
Ah! quanta alegria em jejuar de egoismos! fazer alguém feliz é a mais nobre missão.
E jejuar de rancores? esquece-los, perdoa-los, desintoxicar-se por completo de coisas más.
E por fim jejue de palavras. Fale sim, mas viva o silêncio também, para ouvir os outros e com isso dar-lhes o brilho de seu olhar amigo.
Viver a quaresma com amor, é essa minha proposta.
Vamos nessa? . . .