quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Verão é melhor


Vocês devem estar achando linda essa foto. Também acho.
Usei para testar se consigo postar com imagens, consegui essa!
Pois bem, essa foto eu salvei outro dia porque me encantou, e pensei:
Um dia uso em uma postagem...
Agora está aqui, é a hora, e não sei o que dizer, não me preparei para o texto.

Gostaria de ter uma janela assim, com comidinha para os pássaros no inverno, neve lá fora...
Mas eu detesto frio, e essa coisa de neve pode ser muito romântica na terra dos outros, nos calendários das lojas, nos cartões de Natal.
Mas aqui, o frio castiga demais, dói, e minhas dores musculares, nervosas e etc, me colocam a nocaute.
O sol, por mais que castigue, sempre é um consolo para ossos velhos, nervos cansados, músculos doentes.
Amo uma caminhada na praia, sob o sol, chutando areia e pisando na marola.
Detesto cobertores e bolsa de água quente nos pés, camadas de roupas, medo do chuveiro, ruas com vento encanado, sopa quente, pantufas.
Adoro cerveja gelada, salada, sorvete de nata, raspadinha, laranjada com gelo.
Então, consegui escrever algumas linhas, aproveitando a foto, linda aliás, acima.
Que o inverno demore a chegar, que o verão com suas delícias fique o suficiente para nos acalentar e alegrar com suas cores alegres e seus dias luminosos.
Beijos meus com cheiro de sol!

domingo, 24 de novembro de 2013

Glorinha


Glorinha está assim, tosada por conta do calor, ainda com lindos olhos verdes, e uma disposição enorme para brincadeiras.
Come rodapés de madeira, faz xixi onde eu não quero que faça, corre durante a noite pelo apartamento e me acorda com suas patinhas escorregando pelo chão.
Adora brincar com as crianças, e pensa que é gente.
Ela realmente acredita que é gente. 
Nem sei se um dia vou conseguir a grande alegria de vê-la fazer seu xixi apenas na lavanderia, onde eu tento ensinar. Fico nervosa, brigo, não brigo, prendo na lavanderia, solto, levo o jornal com cheirinho dela lá para perto do tanque, volto com ele para perto da máquina de lavar, desisto, tento novamente...
Ela só fica assistindo essa minha coreografia estranha e provavelmente me achando ridícula...
Quando bem entende me dá um momento de alegria e vai até o jornal.
Mas que eu não me iluda, a próxima xixada será na porta da sala kkkkkkkkk
Eu rio para não chorar!
Ainda não aprendi a postar fotos. Pensei que tinha entendido, mas não, portanto me perdoem. A muito custo coloquei essas duas, tenho mais, mas já estou acreditando que o problema sou eu.
Tanto com Glorinha como com esse meu novo brinquedo, sou uma decepção, não sei lidar, me irrito, não consigo dominar.
Vou aprender mais um tanto e depois dou mais notícias.
Por enquanto fiquem os olhos verdes dessa criatura que chegou, dominou, e nos encanta a cada dia com sua alegria e carinho. Beijos para vocês, saudades.


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Um dia de chuva




Faça de conta que andei viajando, uma viagem de três meses!
Andei visitando algumas blogueiras, quando possível, deixando recadinhos, tentando aplacar a saudade.
Andei doente, física e emocionalmente, mas sarei, estou completa, como aquela flor de Clarice Lispector, que se deixa podar para voltar inteira na primavera...

E então decido voltar em um dia de chuva, de gripe, de molho...
Peço desculpas a todos que vieram até aqui, procuraram nova postarem, deixaram recadinhos carinhosos  (não mereço).

Bom, por aqui quase nada mudou. Nenhuma criança nasceu,  e em compensação, ninguém morreu!
Continuo morando aqui, mas comprei um Ipad! Estou aqui brigando com ele, aceitando suas inúmeras novidades (tão diferente do meu dinossauro), me encantando com a facilidade que ele oferece.

Meus filhos estão bem, meus netos crescendo, minha cachorrinha (a Glorinha) aqui em volta, olhando para mim com seus olhos verdes, um encanto!
Estou enferrujada, querendo escrever muito, mas não sabendo o que.
Por enquanto deixo meu carinho, meu beijo, minha saudade.
Nesse dia de chuva me lembrei de vocês, senti saudade, percebi que tenho sido egoísta ao me privar dessa amizade tão gostosa.

Ainda não entendi como postar foto no blog, estou tentando faz um tempão (antes do jornal nacional kkkkk) e ainda não consegui. Mas eu vou aprender, para mostrar a vocês as crianças, a Glorinha, a minha vida.

Fiquem com meu carinho por enquanto. Até...



quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Ao Rei!




Minha neta, Lara, de 4 anos, descobriu Elvis Presley.
A outra neta, Valentina, de 7 anos, é apaixonada por Elvis já faz um tempo, e contaminou a pequena prima.
Desde o mês passado, quando fomos a um show de Elvis Cover, aqui em Campinas, que Lara pede constantemente para eu colocar o DVD que tenho dele. Um show no Hawaii, 1973!
Minha filha mãe da Valentina, só dirige ouvindo Elvis no carro, porque a menina não quer outra musica rsrsrs
Confesso que adoro, sou fã desde a adolescencia, mas é estranho notar que as meninas gostam também.
Hoje Lara saiu-me com essa pérola enquanto assistia o show (de manhã ...)
- Vovó, porque ele tinha que morrer? ele é tão lindo!
Expliquei que infelizmente não controlamos isso, que papai do céu chamou, porque ele era muito bonito e cantava muito bem, então, precisavam dele para alegrar os anjos lá em cima.
Passados alguns minutos ela foi até à cozinha:
- Vovó, se eu rezar muito ele vive de novo?
E eu pensei... ai ai ai, se fosse assim eu viveria rezando (todos nós aliás!).
- Reza querida,  reza muito!
Passados alguns minutos, ela volta:
- Vovó, acho que não vai voltar, porque eu rezo muito para o Biriba voltar e ele não vem...(Biriba é nosso cachorro que morreu em fevereiro).
Primeira decepção, primeira tentativa de resolver da melhor maneira possivel uma falta...
Primeiro entendimento de que  as coisas não são tão fáceis.
Tenho pena, porque as crianças terão que conviver com muitas outras ausências, decepções, desencantos.
Mas em compensação, quantas aventuras deliciosas, quantas alegrias, quantos deslumbramentos para os olhos, as mãos, o coração!
No "frigir dos ovos" uma vida tem de tudo isso, e as crianças precisam aprender a seu tempo, sem pressa...

Hoje bastam aqueles olhinhos alegres, apaixonados,  um corpinho tão pequeno, dançando ao som de uma doce voz, linda voz.
Essa voz apagou-se fazem 36 anos, em 16 de agôsto.

Fica aqui minha simples homenagem ao Rei, inesquecível, e incomparável.
E não há, para mim, maneira mais linda de homenagea-lo senão vendo minhas netas cantando suas músicas e achando-o "lindo"!
São realmente minhas netas essas duas ...


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Passando a mão . . .




Hoje uma passarinha barulhenta enviou-me por e-mail uma frase que adorei!
A tal beija-flor é a Tina (meu blog e eu) e a frase é a seguinte:
"se um dia a vida te der as costas, passe a mão na bunda dela".


Genial! nunca me ocorreu isso, passar a mão na bunda dela, fiquei intrigada, pensando, como se faz?
Onde é a bunda da vida?

Agora já sei, depois de matutar, que devemos aproveitar qualquer situação para fazer uma brincadeira, para aproveitar o melhor que a vida nos dá.

Passar a mão na bunda da vida quer dizer que não devemos leva-la a sério, ao contrário, podemos tirar uma "casquinha" quando ela nos dá as costas, nos oprime e mostra seu mau humor.

Desafio qualquer mulher que leia essa postagem a negar que uma vez ao menos levou uma passada de mão de seu companheiro, quando virava-se de costas, brava por qualquer motivo. Duvido!

Muita bobagem, mas também muita verdade, podemos filosofar até quando o assunto é bunda.
Se a vida lhe  der as costas,  tente brincar, veja que sempre tem um lado bom, seja otimista e use seu carisma para reverter o mau humor: "passe a mão na bunda dela"!

Conte-me se não é genial...

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Folha de amora






Os olhos eram de uma cor verde, como a folha de amora, mas ainda novinha.
Sabe como é? como a folha da cana de açúcar, mas ainda pequenina, brotando.
Nunca vi um verde como aquele, em um olhar...eu nunca mais vi.

O cabelo tinha a cor da folha no outono, já queimada pelo sol.
A mesma folha da amora, mas já esturricada, querendo cair pro chão...
Aquela cor da folha da cana de açucar, mas depois de queimada, avermelhada.

A pele, veja só que interessante, era clara, mas pintadinha.
Já viu uma folha de laranjeira quando se cobre de ferrugem?
Então, assim eram as suas sardas, esparramadas pelo rosto, ombros, colo.

E do sorriso, o que digo? ah! era lindo e aberto, seguido de um rubor,
uma timidez mal contida, uma lágrima como que para refrescar a face.
Um sorriso puro, sem malicia, de moça simples sabendo que era bonita.

E depois desse sorriso, com o rosto brilhando alegria
os olhos eram dois lagos, mais verdes agora lavados
mais explêndidos agora felizes...

Foi assim que ele conheceu aquela moça bonita
E nesses lagos doces mergulhou, e amou...
E foi assim que se fizeram mãe e pai dessa mulher que hoje sobre ela lhes falou...


Uma simples homenagem à Dona Alzira.



quinta-feira, 27 de junho de 2013

olha como estou linda!



Fala sério, pensaram que fosse eu?
Não, quem está linda é a Glorinha, e voces podem conferir pelas fotos:








está uma delicia, não é?

Bom pessoal,  tenho acompanhado atentamente os movimentos nas ruas, as manifestações e cobranças. Fico preocupada com a violência e o desatino desses bandidos que só querem aproveitar a  oportunidade para saquear e destruir.
Mas . . .
Estou tão orgulhosa desses jovens que levantam cartazes, balançam bandeiras, pintam o rosto.
Isso é tão lindo, pensei que morreria sem ver isso nas ruas de meu país.
Que tenham o discernimento de perceber a hora de falar, gritar e cantar. Mas que também saibam a hora certa de calar e voltar para casa, íntegros e em segurança.
Rezo por eles, eu que vivi a ditadura e o horror daquelas passeatas da época da revolução. Muitos jovens morreram, e sei que a grande maioria nem sabia porque estava protestando.
É glorioso ver essas bandeiras e esses rostos pintados clamando por justiça e melhoria de condições de vida.
Mas é muito triste perceber que para uma significativa parcela, tudo não passa de farra e desordem.
Oxalá valha a pena!  Precisamos mesmo de muitas reformas, e alguém tinha que dar o primeiro passo.
E é aí que sinto orgulho de meu povo, de meus jovens inteligentes e lúcidos.
Vai Brasil, mostra sua cara pintada! E que essa luta não seja em vão!
Ah!!! como queria ter vinte anos novamente !




terça-feira, 11 de junho de 2013

Sitio São Joaquim




Ele a surpreende aos prantos, dobrando roupas, organizando malas.
Sorri com carinho, pois sabe e respeita os motivos que a levam a chorar.
- até quando vai esse chororô?
e ela:
- me deixa chorar, voce sabe que dentro de alguns dias já passou...

Continua a dobrar as roupas. As limpas são colocadas na mala, algumas já usadas são postas em um saco para serem lavadas.
As roupas que as crianças despiram antes do banho também são colocadas no saco. Ela sabe que ao deposita-las no tanque, já em casa, vai sentir o cheiro do barro, a textura da terra, e ficará com saudade.

Os cobertores ficam, dobrados sobre as camas, aguardando o momento alegre e gostoso de aquecer novamente esses corpos pequenos e cansados. E também os corpos adultos nas noites geladas de Ibiuna.

Um olhar para a geladeira já limpa, desligada, num canto da cozinha. Está em compasso de espera pela nova remessa de frutas, legumes e carnes, que chegarão em meio a um turbilhão de vozes e sorrisos de crianças famintas e com sede.

O fogão a lenha, esfriando suas brasas, derradeiras brasas nessa temporada de férias, sabe que ficará gelado por um período, esperando que sua dona chegue e o abençõe com muito calor e perfumes deliciosos. Ele merece dela um afago, um passar de dedos, um sorriso.

O marido fala alto, lá de fora:

-Vamos, as crianças já estão no carro, as tralhas também...vamos pegar muito trânsito se atrasarmos!

Era tudo tão óbvio, tão igual,  sempre o mesmo ritual, quase sempre as mesmas palavras.

- vou a pé até a porteira, assim fecho o cadeado...

Ia andando, devagar atrás do carro, dizendo adeus àquele espaço tão querido. Acenando para a imensa paineira que havia plantado tão pequena.  Ao entrar no carro, o marido ria e repetia:

- até onde vai esse chororô?

Ela nem respondia, só olhava pelo espelho a sua porteira sumindo na estrada poeirenta, uma imagem embaçada pelas lágrimas.

Hoje a saudade veio me visitar,  compartilhei com vocês!


terça-feira, 4 de junho de 2013

Festa Junina, quem gosta?







Eita sô...
Mês de junho é meio nostálgico, não acha?
Conheci uma garota que sempre gostou de festas juninas. Aliás ela adorava festas, qualquer uma que tivesse muita música.
Naquela época de sua juventude, anos 60,  não era comum ter bebidas alcoólicas nas festas,  e nas juninas, o quentão era tão fraquinho que quase não saia da xícara, coitado!
Essa amiga me conta que a euforia não era provocada pelo alcool, longe disso, era uma alegria autêntica, que contagiava e se espalhava pelo salão decorado de bandeirolas e baloezinhos coloridos.
Não era só Sto. Antonio, o padroeiro da cidade o grande homenageado. Em S.João também tinha festa, e em S. Pedro de novo, para não perder o pique e para pedir ao santo meteorologista que fosse camarada durante o ano todo.
Nas festas do colégio a garota participava na organização, ensaios, montagem de barracas, enfeites e brincadeiras.
Ela se emociona ao me contar sobre o "correio elegante" quando recebia os bilhetinhos e ficava olhando em volta para saber quem era o engracadinho que havia escrito.
Não raro os bilhetes eram enviados por amigos, ou amigas, que queriam brincar e se faziam passar por paqueras.
Tinha a cadeia, onde alguém pagava para outro ser preso, numa cela feita de bambús...e o prisioneiro só saia se alguém pagasse uma fiança.
Ela se lembra de um rapaz, o mais lindo do colegio, que foi preso junto de uma menina que gostava dele.
Tudo combinado, ninguém pagou a fiança. Eles passaram a festa toda atrás das grades de bambú, conversando...
Casaram-se e tiveram dois lindos filhos. Será que foi mérito dos amigos? Ou de Sto. Antonio?

E a quadrilha? Essa senhora que hoje me conta sobre as festas, tinha uma particular preferência pelas quadrilhas. Não perdia uma!
Nunca dançou com seu amor, uma pena, mas foram tantos e tão divertidos os pares! Tantos sorrisos e olhares, tantas voltas e mais voltas, e mais voltas...

E vejam bem, foi numa festa junina que minha amiga começou a namorar seu ultimo amor. Não houve cadeia, nem correio elegante, nem dançaram juntos a quadrilha.
Houve apenas ele assistindo e ela dançando. Ele olhando e ela sorrindo, ele sonhando e ela alimentando o sonho.
Houve pipoca, quentão e pé-de-moleque. E quando ninguém mais estava dançando houve um abraço no ponto do ônubus, um beijinho de despedida, um calor no peito dentro daquela noite gelada de S.João.

Uma lágrima insiste em rolar pelo rosto enquanto me conta sua historia. Mas  ela sorri, passa os dedos rapidamente sobre a face e diz com os olhos brilhando: " e então amiga, onde vamos fazer a festa desse ano? aqui mesmo no salão do predio? tem que ter bandeirinhas e também música, muita música!"



quinta-feira, 23 de maio de 2013

Glorinha!



Ela é um sopro de alegria depois de dias e semanas tão tensas por conta do Renatinho.
Primeiro vamos às noticias:
Meu filho e nora foram ao Secretário de Educação, falaram, ouviram, perceberam que ele ficou indignado e surpreso, nada sabia!
Prometeu providências, reuniões com as responsáveis, pediu desculpas pela escola, pela comunidade.
Meu filho disse que daquele dia em diante não falariam mais no assunto,  continuariam levando a mesma vida, e minha nora também participaria das atividades da escola como se nada tivesse acontecido. Para eles era assunto encerrado, pois o que esperavam da escola teria que ter sido feito no dia, ou no dia seguinte.
Estavam alí apenas para explicar com suas palavras, antes que as informações chegassem até ele "maquiadas".
Ficaram satisfeitos com a reação do Sr. Secretário, e sentiram-se finalmente aliviados porque o Renato está mesmo se recuperando maravilhosamente bem.

Uma semana de Angelina sem seio, um assunto delicado, e a meu ver completamente fora de nossa triste realidade em matéria de saúde aqui no Brasil. Li a postagem de minha querida Ana Paula, no blog "do lado de fora do coração", e digo que ela fala lindamente do assunto, muito melhor que eu.

Brigas entre STF e Câmara, Senado, pouca vergonha reinando, furacões destruindo cidades, matando pessoas, uma tristesa só!

E eis que num passe de mágica, como um presente bom, ela entra em nossas vidas:

Glorinha...

Tem 54 dias, não vai crescer muito, e já estamos todos perdidamente apaixonados por ela.

 Fica meio dificil não gostar ...



Tão pequena, tão dorminhoca...

 Preguiçosa, dengosa, meio sem vergonha mesmo!

 adora um colinho...

E brincar com seu ursinho, maior que ela  kkkkk!


Nariz rosado, pelos castanhos e crespos.

 A grande paixão da criançada!
Pena que os netos de Aguas de S. Pedro não tiraram fotos ainda, mas vou colocar aqui assim que der.

Quando Biriba morreu eu jurei, aos prantos, que nunca mais teria um cão. O veterinário nosso amigo ouviu meu desabafo. Hoje telefonei para ele, interessada em saber sobre vacinas, vermífugos...
Ouvi do outro lado da linha uma gargalhada,  e a esperada  pergunta: "voce é aquela mulher que outro dia fez um juramento? aprenda uma coisa, gente "cachorreira" não fica muito tempo sem um cão, parabéns! "

Ela não é linda?  Tenho que tomar um cuidado danado para não pisar nela quando ando por aqui, e também ficar cuidando para que as as crianças não matem  a Glorinha com tanto carinho, afagos, beijos, abraços...

Pensam que é fácil?

Precisava apresenta-la a voces e dizer que está tudo bem, e que em breve postarei novamente com mais regularidade, já que estou também muito melhor de minhas dores.  Obrigada imensamente pelo carinho e pela paciência. Amo voces, todos!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Tudo bem!




   Estou de volta, feliz, para dizer que o

Renatinho não terá sequelas.  O médico garante que a recuperação será total.  Na foto está o Renato e minha nora, Paula, em uma festinha da escola.  Devemos comemorar sim a recuperação, gradativa e positiva de seu olho esquerdo.

Quanto ao lado "legal" do acontecido, as coisas continuam embaçadas, parecendo que não foi o olho que sangrou, mas sim a comunidade de pais e mestres, no geral!

Muita indifirença, nenhuma pergunta sobre a espectativa de cura, nenhum comentário da mãe do garoto.

Minha nora está fazendo o que eu acho correto. Tem horário marcado com o Secretário da Educação nessa semana. Levará com ela, além do marido, os laudos do médico e fotos do menino quando machucado.
Deixará bem claro também que ela sente, através dos comportamentos, que a mãe do menino não foi informada do que ocorreu, porque é uma amiga da professora.

Pedirá explicações e punições, e exigirá uma retratação da escola e dos pais do menino.

Não queremos dinheiro, nem bajulação. Queremos respeito, solidariedade, aconchego e amizade.

Sei que a Paula fará isso da melhor maneira possivel, foi o que ela e meu filho decidiram, e estou confiante na educação do Secretário.

Prometo que manterei voces informados, por enquanto é o que tenho a dizer. Por sorte posso trazer boas novas, e a foto é para voces conhecerem os principais prersonagens dessa história surreal.

Sinto-me bem melhor agora, fisica e principalmente psicologicamente. Nada é mais cruel do que ver um pedacinho da gente machucado. Passou o pior, o resto é só alegria...

Ops! quase cometo a grande indelicadesa de não agradecer a todos voces as boas energias que enviaram para cá. Nem sei como dizer o quanto sinto orgulho de voces, amo a todos!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

saudade e revolta





Não vou cansar voces com minhas lamurias de dores, remédios, fisioterapias e outras chateações.
Ainda não consigo ficar um tempo razoável sentada, mas vamos lá...estou morrendo de saudade de voces!!!
E com muita vontade de teclar e poder contar como tem sido estranha a vida sem meu computador e sem meu blog.
Acreditem, voces já fazem parte de meus dias, e aos poucos vou visita-los, a todos.

Mas quero contar um fato e perguntar a voces o que fazer. Renato é meu netinho de 8 anos, filho do meio de minha nora e meu filho que moram em Aguas de S. Pedro.
Um menino como outros meninos de sua idade, mas com um diferencial notado por todos e comentado sempre na familia. Ele é um cavalheiro. Um pequeno cavalheiro que fala baixo, é gentil, cede o lugar, se preocupa com todos em sua volta.
Estranho isso? não! ele é assim!
Estão morando na cidade há 4 meses, portanto, é o primeiro ano deles na escola, na comunidade que é bem pequena.
Na semana passada um aluno da classe atingiu seu olho esquerdo com um lápis. Mas não foi uma brincadeira, um acidente ou coisa que o valha. Porque o médico disse que o globo ocular é muito forte, somente um golpe dado com força poderia perfura-lo. E perfurou.
E o Renatinho, de imediato, perdeu 30% da capacidade de ver com esse olho. Está sendo cuidado, usando antibióticos, etc.
O profissional que o atendeu disse que talvez ele recupere esses 30% porque as crianças tem uma capacidade incrível de recuperação. Tomara!
Mas fica tudo assim?
A mãe do menino não telefonou para minha nora para ter noticias. A professora disse que foi um acidente, que ela não viu, e que o menino agressor é mesmo muito danadinho. Também não ligou se preocupando.
O Renatinho já voltou às aulas, não pode perder provas.  Ninguém da escola veio de encontro procurando saber de sua saúde e do estado de espirito de minha nora.

É nesse mundo que vivemos hoje? Santo Deus, onde está a solidariedade, o amor ao próximo, a educação enfim?

Fico triste ao perceber que o mundo que estamos deixando para nossos filhos e netos está cada vez mais conectado, moderno, globalizado, porém frio, desumano. Uma pena.

Que seus lindos e alegres, maliciosos e carismáticos olhos verdes fiquem completamente curados meu amor, e que só possam ver coisas lindas por onde passar. Beijo da vovó.




imagens Google

terça-feira, 16 de abril de 2013

Paciência...





Pessoal, meu computador pegou virus. Amanhã vai ser hospitalizado, tomar antibióticos, soro na veia, fazer repouso.
Penso que a quarentena será breve, mas não posso jurar...
Uma droga isso de vírus, eu até hoje não consigo entender, nem quero!
Vamos interna-lo e torcer para que a recuperação seja rápida.
Peço desculpas, mas as crianças entram em sites que não devem, jogam, e eu pago o pato ...
Assim que possível estarei de volta. Como tenho estado também um tanto adoentada, sem poder ficar sentada ao computador, vamos nos juntar nesse repouso.
Obrigada pela paciência, amo voces, procurarei voltar logo! beijos!




terça-feira, 9 de abril de 2013

céu de abril




Abril é tão lindo, tão outono em tudo!
O céu é mais limpo, parece de vidro, azul e quase sempre frio.
A estação mais linda do ano, para mim. Sem a secura do inverno, nem os pólens da primavera.
Do verão ficam os dias meio quentes, que vão refrescando, refrescando. Abril é isso, um verão fresquinho, com céu limpo e noites estreladas.
Me lembra o sitio, em Ibiuna. Nunca mais vi um céu como aquele. Principalmente no outono.
Depois que as crianças dormiam, eu e o Luiz saíamos para o terreiro com colchonetes nas mãos.
Apagávamos a luz de fora e deitávamos no chão para ver o céu...
Ele falava muito sobre astros, estrelas, constelações. Era um assunto sem fim, como o céu de abril em Ibiuna.
Tão repleto de estrelas que por vezes eu tinha a sensação que iam cair sobre nós.
E éramos tão felizes, em nosso colchonete jogado no chão, rindo e contando estrelas...

Uma vez ele disse: o que voce faria se visse um objeto voador? de outro planeta!
Eu me lembro que ri e disse: sairia correndo, morta de medo!
E ele falou: pois eu pediria para dar um passeio, embarcaria na nave para conhecer essa imensidão!

Uma noite, sem estrelas, ele subiu ao céu e foi conhecer a imensidão.
Penso que está feliz conhecendo suas estrelas. E que nesse mes de abril de céu tão limpo, deve lembrar também das nossas noites no sitio. Aliás ele deve ver lá de cima o nosso sitio, pequeno, tão lindo...

Tomara que seja assim...


sábado, 6 de abril de 2013

o que digo a ela?




O que dizer à menina de olhos curiosos e assustados que espreita pela fresta de luz que vem do corredor?
Essa menina viu muitas coisas, na mais tenra idade, mas hoje quer saber...
Ela quer saber dessa insônia, dessa saudade, dessa marca indelével que fica da infância mal resolvida, da dor mal curada.

Diga a ela, que o tempo passa, que a dor nos alcança. Vamos, diga a ela...
Diga que os anos transformam, não só a aparência, mas  a alma também.
Olho a menina e digo, não vá...espera! Deixe-me olhar para suas mãos pequenas de dedos finos.
Deixe-me lembrar de suas sardas e dos cabelos pretos. E os pés, esses pés maltratados por sapatos baratos, chinelos grosseiros. Que caminhavam no pó, ou na lama.
Quero alisar seu vestido, de botões faltando, de pontos  franzidos em tecido envelhecido.
Nessas noites de insônia e pouca luz, de saudades e orações, digo à menina preocupada comigo: fica mais um pouco, deita aqui no calor do cantinho da cama, encosta em mim.
Voce menina, que seria a mais doce e linda recordação de uma vida, é hoje uma lembrança dolorosa de uma infância com momentos tristes, cansados, de medo.

Não é toda noite, mas algumas são tão longas e frias, só esse corpinho miudo para me acalentar.
Que bom que amanhece e há sol!




terça-feira, 2 de abril de 2013

Coelho azul, bem azul !



Crianças alegres, casa gostosa, familia feliz. Comidinha boa, longas conversas na varanda, clima morno, delicioso.
Assim foi nossa Páscoa, em Aguas de São Pedro, na casa do filho.
As fotos dirão sobre a alegria das crianças e o coelho azul que apareceu por lá...




Que coelho mais estranho...azul...quem será? Surpresa!!!



Ai Meu Deus, será que aguento o calor? venham logo por favor!




Nossa, ouviram meus chamados, lá vem a "tropa de choque" ...




Não posso abrir a boca, senão os pequenos percebem logo que é a vovó...




Esses três menores até que eu enrolei,  vejam como me olhavam, desconfiados mas acreditando!





E o coelho ganhou muitos abraços dos três...

 Mas dos maiores o coelhão teve que roubar um apêrto, eles riam muito e eu não podia falar NADA!!!



Reparem atrás dos galhos, eu roubando um abraço do Tatá, ele ria e tentava fugir...kkkkkkkk



A roupa era quente demais, e a cabeça sem ventilação, quase desmaiei. Uma foto de despedida porque o coelho tinha que visitar mais crianças...
Mais alguns minutos e eu ia direto para o pronto socorro kkkkkkkkk


agora a correria para encontrar os ovos que o coelho azul, amigão, espalhou por todo canto.
tinha ovo até pendurado em árvore. Eles se divertiram muito enquanto procuravam.
Eu ouvia lá do banheiro enquanto tomava uma ducha para me recompor....













O resultado da caçada. O coelhão azul foi bem generoso, mereçe um pedacinho de chocolate?
Que pena a Valentina não poder ir. Estava doentinha,  fez falta...
No final, todos para a água, porque ninguém é de ferro e o sol estava de rachar mamona.






Que pena que acabou. Mas logo tem mais, e a alegria das crianças reunidas, o som das gargalhadas, as conversas sem fim,  deixam uma enorme e gostosa saudade.

Como foi sua Páscoa?