sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Férias???




Olá amigos muito queridos! tenho estado bastante ocupada, férias da criançada, como diz minha filha "caos instaurado"!
Sinto saudade de sentar-me para escrever algumas linhas, me conectar a vocês, visitar vocês...

Logo janeiro termina, e com ele as férias, deixando na gente aquela sensação de que poderia ter sido melhor, porque não fomos à praia? porque não fomos ao campo?
Simplesmente porque os pais não estão de férias,  grande injustiça, este ano não deu!

Bom, esse assunto sempre me leva  a uma nostalgia de infância. Houve época que os pais nem se preocupavam com viagens de férias.
Na minha época de criança foi assim. As férias eram nossas, o pai trabalhava e a mãe cuidava da casa, da comida, e de nós.
Mas com uma grande diferença: as ruas eram nossas, assim como as praças, o quintal enorme, as árvores, os dias inteirinhos nossos!
E chorávamos quando à noite, mortos de cansados, tínhamos que voltar pra casa, tomar banho e dormir.
Nem dormir a gente queria!
Até comer perdia seu atrativo quando tratava-se de terminar um buraco, uma pipa, uma casinha com fogão a lenha, uma cabana.

Lembro-me de minha mãe gritando na porta da cozinha: "venham comer, vai esfriar tudo! depois voces voltam a brincar!"
E nós temiamos que ela não nos deixasse mais voltar, porque voces sabem, mãe quando fica nervosa  arranja um modo de castigar os filhos rsrsrs

As roupas ficavam imundas, os pés estourados de tanto tropeçar e correr na terra, o cabelo duro de poeira.
Parecíamos tatús quando saem do buraco!

Tenho pena das crianças de hoje, desprovidas daquela  liberdade, daquela sensação de que o mundo era só nosso e resumia-se na nossa rua, nosso bairro, nossos amigos.

Deixo com voces meu carinho e a promessa de que volto assim que der um tempinho.

Foi bom ter vindo aqui para um dedo de prosa e as mãos cheias de saudade...






27 comentários:

  1. Acabaram as ruas, as praças, os quintais com árvore...
    Mas, vamos fazendo o possível para que eles se divirtam no mundo atual!
    Eu também não consigo fazer as visitas virtuais como gosto, afinal, o computar sempre está ocupado!
    Vamos nos divertindo com a criançada e logo tudo volta a rotina.
    Beijo amiga-tatu de cabelo duro!

    ResponderExcluir
  2. Voltei à infância com seu relato. Era bem assim mesmo. Mas não havia essa obrigatoriedade que há hoje de se "sair" de férias. Se desse, íamos visitar os avós em outra cidade, mas se não fosse possível, ficar em casa não era nenhum drama. Hoje parece que se você não sair da cidade, não for, principalmente à praia, não houve férias. É uma loucura.
    Eu também não tive "férias". Minha filha que mora aqui deixou o pequeno de dois anos comigo e foi descansar com a maiorzinha de sete por alguns dias, na praia. Aliás, minto, foram as "férias" mais deliciosas de minha vida.
    Beijos,
    Eneida

    ResponderExcluir
  3. Pois é, eu morava na rua e passeava em casa como se dizia por aqui :)

    Vivia na casa dos outros, em expedições por corredores, portas, escadas, quintais, praças...

    Fazíamos peças de teatro com adultos e sem eles, com direito a lanche e convidados na apresentação,

    Eu só subia (morei a maior parte da infância em prédios) para comer ou tomar banho ou para ir dormir, com os berros de minha mãe ou minha avó na janela ou aparições temerosas delas ao vivo e a cores, após alguns berros não obedecidos de prontidão.

    No banho o chão ficava preto de tanto lodo, os joelhos eram esfolados e o cabelo lindo (sem nenhuma modéstia) e enorme lavado com sabão de coco.
    Tinha também banhos de mangueira, de balde, de roupa e tudo...

    Éramos movidos a muita vitamina de banana e pão com queijo, daqueles fresquinhos que com 10 anos eu ia sozinha na padaria comprar e da padaria até em casa comia um dois aos pedaços, quentinhos e estalando.

    "Oh! que saudades que tenho
    Da aurora da minha vida,
    Da minha infância querida
    Que os anos não trazem mais!"

    Meu carinho, puladinhas de corda, de elástico, bonecas de papel, papéis de carta e chazinho naqueles conjuntinhos de brincar de casinha :)

    ResponderExcluir
  4. A época é diferente, Ivani.
    As coisas que vivenciamos, não interessam as crianças de agora.
    Não sou saudosista.
    Penso que agora, tem coisas maravilhosas, para a nova geração.

    ResponderExcluir
  5. Ivani, a gente sente falta sua sim, mas dá para entender né? Se a avó não ajudar, tadinha dessas crianças...
    A gente espera, não tem problema.
    Bjs

    ResponderExcluir
  6. Ivani, querida,

    Eu acho que houve perdas para as crianças da nova geração, sim. Vi isto na própria vida de minhas filhas, embora as levasse para brincar ao ar livre todos os dias (morávamos em apartamento, enquanto elas cresciam). Ninguém me convence que os ganhos que as crianças hoje estão tendo, por conta - por exemplo - da revolução digital, compensem a perda da infância livre e cheia de brincadeiras, como a que tivemos, rsrs.

    Um beijo e bom fim de semana!

    ResponderExcluir
  7. Boas recordações Ivani! E que bom que vc veio ter um dedo de prosa...adoro! Boas férias...aqui eu com as crianças o dia todo! Bronca atras de bronca, hehehe!
    Beijos e ótimo final de semana!
    CamomilaRosa

    ResponderExcluir
  8. Lendo suas lembranças, vejo que as minhas não foram tão livres e alegres assim, mas foram boas. Eu sempre procurei ser feliz, meio que escondidinha, porque senão me boicotavam.
    Com os filhos passei férias maravilhosas, e hoje (se ler meu post vai entender) eu rememorei sozinha a pipoca que fazia para eles. Foi um abraço calórico de nostalgia e de realizações. Quer saber? comi feito uma criança, lambuzando os dedos com o doce e levando até a boca a suave lembrança das férias de crianças (meus filhos)
    Foi bom, você falar nesse assunto, de contar como foi a sua infância e observar a falta de liberdade infantil nos dias de hoje .
    beijos e um bom fim de semana

    ResponderExcluir
  9. Que lindo e verdadeiro, como sempre! Hoje as crianças confinadas aos pequenos espaços.Coitadinhas... Por isso, tento, sempre que dá, proporcionar férias na natureza e liberdade!!1 beijos praianos, tuuuuuuuuuuuudo de bom ,curte tudo! chica

    ResponderExcluir
  10. Oi, Ivani. Aproveite mesmo seus momentos com as crianças, nem sempre conseguimos fazer tudo o que planejamos nas férias mas precisamos fazer o máximo para que valham a pena.
    Sabe, na minha infância minha mãe não gostava muito que eu e meu irmão nos sujássemos, mas tínhamos a liberdade de brincar na rua, principalmente na casa dos primos, e eu consegui a proeza de brincar na terra sem me sujar, hahaha. Não me pergunte como!
    Minha filha, embora adore estar no computador (hoje ela tem 17), teve mais liberdade para brincar na rua. Faz bem, não é?
    Um abraço, gosto de vir aqui!

    ResponderExcluir
  11. Bom dia querida, nem de propósito, esta manhã fiz uma postagem onde falava disso mesmo, de quando era miuda.
    Eu não tinha ordem de andar na rua, a minha mãe deixava o meu pai nem podia saber, então eu tinha de estar sempre atenta ás horas para chegar a casa antes dele senão já sabia que apanhava..não tenho boas recordações dele, nunca tive "aquele pai" amigo, que abraça que brinca.. bom mas deixa para lá..
    Bom final de semana. beijinhos

    ResponderExcluir
  12. (tudo revira na memória,
    cantigas de roda, amarelinha,
    esconde-esconde, eu era feliz e sabia!)

    abraço

    ResponderExcluir
  13. Até completar onze anos de idade, minhas férias foram iguais as tuas, a criançada em casa livre dos compromissos escolares, brincávamos muito sem preocupação com os "deveres de casa".
    A partir dessa idade, passamos ir para a praia, mais de setecentos quilômetros de estrada de chão batido. O ritual repetiu-se por muitos anos, mesmo depois de casada e com os filhos pequenos. A praia continuou sendo a mesma e o trauma também. Até hoje não gosto de praia pois sempre significou sacrifício, mesmo que as estradas tenham sido asfaltadas.
    Beijinhos,
    Beth

    ResponderExcluir
  14. Olá Ivani

    Visitando blogs amigos, encontrei o seu, gostei e já estou seguindo. Vou aguardar a sua visita, e ficarei feliz se me seguir também.
    Bom Domingo para vc...

    AMIGA da MODA by Kinha

    ResponderExcluir
  15. Ivani, estou com um sorteio no ar, de uma roupa de praia e gostaria muito de sua participação.

    ResponderExcluir
  16. Adorei o post. Leve e ligeiro, como as crianças...
    Neste final de semana nós conseguimos proporcionar momentos bem deliciosos para as crianças, não é mesmo? E para nós também! Foi muito bom!!!! Beijos

    ResponderExcluir
  17. Eu não tive essa infância 'na rua' pq minha mãe era muito severa conosco e não deixava a gente sair, mas me lembro de brincar com meus irmãos no quintal, das noites de calor, era muito bom... Realmente as crianças de hoje tem uma vida muito diferente das nossas. Elas não sabem mas perderam muito com a falta da simplicidade q era a vida de então.

    Bom demais estar aqui, mesmo que não seja na frequência q eu gostaria, o pouquinho q tenho contato com você é precioso.

    Um grande abraço querida Ivani.

    ResponderExcluir
  18. Ivani, querida, que bom ter você de volta!
    Gostei da descrição das suas ferias, ferias de crianças que cresceram felizes no campo.
    Hoje, isso não existe mais e é uma pena!
    Muito obrigada pelo teu imenso carinho.
    Beijinhos

    ResponderExcluir
  19. Ai, Ivani
    É sempre tão bom um dedinho de prosa com você!
    Sabe do que esse post me fez lembrar?
    De uma tarde com muito calor e sol em que eu e meu irmão mais novo fizemos um buraco enorme no quintal de casa e enchemos com água (lama) pra poder nadar! E nadamos! Hahaha! Nunca vi meu pai tão bravo!
    Obrigada, querida amiga, por este post. Obrigada pelas boas recordações que ele despertou em mim.
    Um beijo com todo meu carinho.

    ResponderExcluir
  20. Agora que vi que já comentei!
    então deletei o q tinha escrito, rsrsrs
    mas, bom fim de semana para você
    e boas férias
    zizi

    ResponderExcluir
  21. Oi Ivani!

    Estou aqui rindo ao ler sobre sua infância,me ví nesta narrativa, a minha foi exatamente assim ,vivida no interior de Minas,jogávamos queimada na rua até tarde da noite ...um tempo tão diferente dos meus filhos,tenho pena da infância de hoje...
    Uma delícia seu blog!

    Bom dia!

    ResponderExcluir
  22. Ivani, querida,

    Depois do aparecimento do facebook ninguém tem mais segredos, rsrs. Eu não sou do tipo que gosta de divulgar aniversários e coisas tais, mas tonta que sou, coloquei o meu lá no facebook e - naturalmente - todos ficaram sabendo da data, rsrs. É dia 17 de fevereiro, não espalha, hem? rsrs.
    Quanto à coisa do inferno astral, eu sou contra estes conceitos negativos, embora este já esteja mais ou menos arraigado nas minhas crenças, rsrs. É que acredito na idéia dos que dizem que concretizamos as nossas crenças, de um jeito ou de outro, rsrs. Acho que a Louise La Hay até tem um livro cujo nome é O seu corpo é o retrato das suas crenças, então é melhor a gente acreditar só em coisas boas, né? rsrs.

    Beijo e boa semana!

    ResponderExcluir
  23. Por aqui tá tridi bão! E aí as coisas e bagunças andando bem,né? Bom restinho de férias e volta logo!Adorei te ver lá! beijos praianos,chica

    ResponderExcluir
  24. Ivani, se Mudinho abrir um salão aqui no Porto, serei sua cliente fiel!
    Tinha saudades tuas, amiga! De verdade!
    Beijinhos

    ResponderExcluir
  25. Olá boa noite.
    Sim foi para o namorido o presente, assim mato dois coelhos com uma cajadada só, ele recebeu um presente que gostava e eu quando vou lá a casa já posso beber um cafezinho acabado de fazer :)
    E por aí como vão passando os dias????
    Beijinhos deste lado do oceano, com algum frio...

    ResponderExcluir
  26. Gostei, da gostosa crônica e da Samambaia (li outros textos).
    Vou voltar!
    Um beijo,Ivani,
    da Lúcia

    ResponderExcluir
  27. Vim te ver e trazer amor pelo dia de San Valentim, como lembrança dos muitos dias dos namorados que vc deve ter tido.
    Ver os outros de braços dados, corações nas vitrines, não deve trazer sentimento de tristeza para quem não mais tem seu amor presente neste plano, apesar de ser triste e doido e incurável, mas deve ter uma pitada doce e generosa de gratidão, de orgulho em ter vivido um amor e ter esse amor para sempre, além de tempo, espaço, planos, céu e terra. Ainda mais nos dias de hoje.

    Beijos, amor, doçura e carinho \o/

    * Hj já postei duas vezes e mais tarde tem mais, vai lá ver :)

    ResponderExcluir